Um ensaio afiado sobre família, psiquiatria, remédios psiquiátricos e a ascensão do fascismo na política. A paixão dos fascistas pela mentira se origina de suas vivências mais precoces. Assim, as histórias familiares dos líderes autoritários e seus seguidores abrigam as inverdades e a violência de que eles se enamoram e protegem. E serão os filhos, numa incoerência aparente, a se apropriar desse discurso maniqueísta que exalta a família imaculada, incentiva a pregação religiosa e propõe a fé numa intolerância que pretende suprimir diferenças e transformar dissidentes em inimigos. Neste extraordinário ensaio, Paulo Schiller investiga as relações entre família e política para trazer à tona, a partir de sua vasta experiência clínica, assuntos urgentes como fascismo, masculinidade e violência.