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Atlântida Xxi
Editora: URUTAU EDITORA
Avaliação:
R$ 48,00 á vista
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Fora de estoqueCódigo: 9786559003136
Categoria: Contos e Crônicas
Descrição Saiba mais informações
Só parecença crer que é igual o giro cotidiano do relógio. A cada deslocar do ponteiro, quanta coisa pode surpreender em Belo Horizonte ou Atlântida ou qualquer outro lugar em que o leitor se encontre ou penetre linhas. Seja num tempo mitológico ou nas ruas de uma cidade grande inundada por água que é também vírus, por arranha-céus e desigualdades. Ingredientes dos contos desta obra de João Valadares em que a cidade que submerge no mito de Platão ou no flagelo de uma pandemia tem referências para quem trafega memórias na capital de Minas Gerais. Essas alusões, no entanto, viram ocasionalmente cenário de um enredo para quem não conhece exatamente este tópos, mas outros lugares tão semelhantes de nossa urbanidade.
João, que é também ator, diretor-teatral, professor e poeta, nos apresenta aqui a sua prosa ficcional. As narrativas têm protagonistas de sortidas castas, da intelectualidade a um sacerdote de coreto, uma anja e um MC do morro. Aqui, acolá, personagens reaparecem, fios que voltam de um novelo. Dentre eles o cão Borges, que também merece o seu conto particular. Sobre essa alcunha, para quem conhece a vida universitária belo-horizontina, remete a uma moradia estudantil muito conhecida por gerações. Afora isso, a forma como o representante canino é criativamente inserido pode, por que não, ser também homenagem às alegorias do grande escritor argentino.
As surpresas nas criativas e bem-construídas tramas do escritor aparecem também na maneira como ele não se esquiva de abordar de lâmina afiada querelas sociais que sempre precisam ser ditas, visto que os atrasos não se cansam de tentar nos empurrar para trás. E a escolha do mito de Atlântida transposto para o nosso XXI é perfeitamente plausível se a lenda platônica quer lembrar que não importa quão poderoso é o homem, a natureza é sempre mais forte. Quanta atualidade! “Do Oiapoque a Nova York, se sabe, que o mundo é dos que sonham, que toda lenda é pura verdade”, canta Rita Lee na música “Atlântida”, dela e de Roberto de Carvalho. Como sobrevivente, leitor, embarque de remo em punho.
Júlio Assis
Páginas | 96 |
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Data de publicação | 10/10/2022 |
Formato | 13x18 |
Largura | 13 |
Comprimento | 18 |
Acabamento | Brochura |
Lombada | 1.1 |
Altura | 1.1 |
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